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Materiais da Campanha da Fraternidade 2024

A Campanha da Fraternidade de 2024 tem como tema: “Fraternidade e Amizade Social” e o lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt. 23, 8). Este tema...

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DEVOCIONÁRIO DE SÃO JUDAS TADEU

Pe. Marcio escreveu um Devocionário com o título: São Judas Tadeu, apóstolo e mártir. O objetivo é divulgar ainda mais a devoção ao nosso...

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COMENTÁRIOS DAS LITURGIAS

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3º DOMINGO DE PÁSCOA 3º DOMINGO DE PÁSCOAAt 3,13-15.17-19 / Sl 4 / 1Jo 2,1-5a / Lc 24,35-48 Aprofundando a espiritualidade do Tempo Pascal, que nos convida a contemplar a presença do Ressuscitado no meio de nós, em nossa história, somos convidados, neste 3º Domingo da Páscoa, a reconhecer Jesus presente nos momentos comunitários de celebração da fé, especialmente na celebração eucarística. Na celebração do memorial da Páscoa do Senhor, o Ressuscitado se faz presente em nosso meio, na Sua Palavra e em Seu Corpo e Sangue, fortalecendo a nossa fé e nos encorajando na missão. O Evangelho nos mostra esse encontro da comunidade reunida com Jesus Ressuscitado. O contexto é a volta dos discípulos de Emaús que, após reconhecerem Jesus no anúncio das Escrituras e no partir do pão, sinal da Eucaristia, retornam à comunidade reunida em Jerusalém. É a essa comunidade dos discípulos que Jesus se manifesta, comendo com eles, abrindo a inteligência para entenderem a Escritura e, por fim, convocando-os a serem testemunhas da salvação concedida em Sua ressurreição. Esse encontro com o Ressuscitado é uma graça que é concedida também a nós, hoje, na celebração da Eucaristia. Muitas vezes não reconhecemos plenamente o valor sagrado deste memorial que o Senhor nos deixou e, por costume, dizemos que “assistimos” a missa, ou que “cumprimos o preceito”. A missa é a celebração do memorial da morte e da ressurreição do Senhor, na qual o próprio Senhor se faz presente em nosso meio, manifestando Seu amor. Assim, há uma grande diferença entre “assistir” e “celebrar” a Eucaristia. Não nos reunimos para “assistir” a morte e a ressurreição do Senhor, mas para morrer com Ele e com Ele ressurgir, num dinamismo constante de crescimento espiritual. Tampouco nos reunimos para cumprir um preceito, obedecendo uma ordem externa, mas atendemos um chamado interior que o próprio...
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2º DOMINGO DA PÁSCOA 2º DOMINGO DA PÁSCOAAt 4,32-35 / Sl 117 / 1Jo5,1-6 / Jo 20,19-31 Ainda celebrando a alegria da ressurreição, o 2º Domingo da Páscoa convida-nos a contemplar a manifestação de Jesus Ressuscitado à comunidade reunida em oração, no primeiro dia da semana. Destaca-se a figura de Tomé, que não estando unido à comunidade, não recebeu o dom da paz e nem a graça do Espírito Santo, que o Senhor concedeu aos que estavam reunidos em comunhão. Somente oito dias depois, novamente no primeiro dia da semana, quando a comunidade novamente estava reunida em nome do Senhor, é que Tomé acolheu a paz, dom do Ressuscitado. O Senhor, entretanto, repreende Tomé, por sua falta de fé no testemunho que a comunidade dera acerca do encontro com Ele. Essa atitude de Tomé e a repreensão de Jesus revelam dois aspectos fundamentais do seguimento a Jesus: a eclesialidade e a fraternidade. São João, ao relatar os dois primeiros domingos da Igreja, mostra que somente é possível encontrar-se com Jesus Ressuscitado se estivermos vivendo em comunhão, como Igreja. A Igreja não é uma instituição inventada pelos homens, mas uma obra que nasceu do coração do próprio Jesus, para ser uma escola de fraternidade e com a missão de levar ao mundo a salvação, cumprindo a ordem de Jesus de ser instrumento de perdão e reconciliação. Sem a pertença à comunidade, à Igreja, a fé em Jesus Cristo se torna incompleta, porque permanece numa relação subjetiva com o Senhor. É na vida eclesial que aprendemos a viver como irmãos, tomando consciência de que somos a grande família dos filhos de Deus, e assim podemos dar ao mundo o testemunho da fraternidade. O livro dos Atos dos Apóstolos retrata a vida da Igreja nascente, dando destaque para três aspectos: a vida de comunhão, pois os cristãos...
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DOMINGO DE PÁSCOA DOMINGO DE PÁSCOAAt 10,34a.37-43 / Sl 117 / Cl 3,1-4 / Jo 20,1-9 Este é o domingo que deu origem a todos os domingos, é o Dia do Senhor por excelência, pois é a celebração da ressurreição do Senhor. O Evangelho segundo São João nos diz que, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus e o encontrou vazio. O primeiro dia da semana marca o início de um novo tempo na história da humanidade: o tempo da graça, na vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Este dia de festa e alegria que o Senhor fez para nós se prolonga por toda a semana, na chamada Oitava Pascal. Celebrando o mistério maior da nossa fé, somos convidados a contemplar a atitude dos discípulos que foram ao túmulo de Jesus, e aprender com eles a acolher de coração sincero a manifestação do Senhor Ressuscitado, renovando com Ele nossa comunhão de vida. Maria Madalena, a primeira discípula a ir ao túmulo de Jesus, percebendo que a pedra do túmulo tinha sido removida pensou que o corpo de Jesus tinha sido roubado. Mas, ainda no mesmo dia o próprio Jesus veio ao seu encontro no jardim, e manifestou Sua ressurreição. Igualmente Pedro entrou no túmulo e apenas percebeu que estava vazio, pois eles ainda não tinham compreendido que Jesus havia ressuscitado. Mais tarde, Pedro acreditou e testemunhou Jesus Cristo, anunciando ao povo o mistério fundamental da fé: Jesus de Nazaré, ungido por Deus, andou por toda parte fazendo o bem, manifestando o Reino de Deus, foi morto na cruz, mas Deus o ressuscitou. Diferente de Maria Madalena e de Pedro, o outro discípulo viu e acreditou. O que ele viu? Apenas o túmulo vazio! Mas, movido pela fé, acreditou nas palavras de Jesus, que tinha anunciado...
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DOMINGO DE RAMOS DOMINGO DE RAMOSMc 11,1-10 / Is 50,4-7 / Sl 21 / Fl 2,6-11 / Mc 15,1-39 Na liturgia do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, com a qual iniciamos a Semana Santa, celebramos a entrada de Jesus em Jerusalém. Sua entrada na Cidade Santa, que também era o centro político e econômico da época, revela de forma plena a Sua identidade e é o ápice de sua missão. Ao entrar na cidade montado num jumento e não num imponente cavalo ou carro de guerra, Jesus manifesta ser o Messias que veio para servir e não ser servido, sendo coerente com Seu projeto de fazer-se servo ao lado dos menores e excluídos, rejeitando a lógica dos reinos deste mundo, de ser um dominador que usa a força para atingir seus objetivos. É o que afirma São Paulo, ao ensinar que Jesus viveu a humildade de forma radical ao se fazer gente como nós, não se apegando à Sua condição divina, e ao aceitar a morte na cruz na fidelidade à Sua missão. Jesus entra em Jerusalém para cumprir plenamente a missão que recebera do Pai, mas não como se estivesse seguindo um roteiro, no qual devia morrer na cruz. Foi o confronto do projeto de Jesus com o projeto do poderosos da época que causou Sua morte. Jesus, que anunciara o Reino de Deus aos pequenos e pobres da Galileia e dos arredores de Jerusalém, devia também anunciá-lo naquele centro de poder e de dominação. Jesus não foge de sua missão, não foge de Jerusalém. Cumpre assim a profecia de Isaías de ser o servo do Senhor que enfrenta os piores sofrimentos, mas que não abandona a fidelidade à vontade divina. Tais palavras de Isaías foram cumpridas plenamente somente por Jesus, na opção que fez de enfrentar o poder...
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5º DOMINGO DA QUARESMA 5º DOMINGO DA QUARESMAJr 31,31-34 / Sl 50 / Hb 5,7-9 / Jo 12,20-33 Aproximando-nos do final do tempo quaresmal, a liturgia nos prepara para a celebração do mistério pascal de Cristo, que em Sua morte e ressurreição realiza a Nova e Eterna Aliança, com toda a humanidade. Enquanto nossa cultura propaga a mentalidade egoísta de procurar somente os próprios interesses, Jesus anuncia a entrega de sua vida na cruz na obediência plena ao projeto divino de nos conceder a graça da salvação.Já o profeta Jeremias anunciara essa nova aliança que Deus realizaria com seu povo. Diferentemente da primeira aliança, realizada no Sinai, após a libertação da escravidão no Egito, a nova aliança não mais seria inscrita em pedras, mas no coração, nas entranhas, ou seja, uma aliança com cada e toda pessoa, em vista de uma comunhão plena com o Senhor: eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus.Esta aliança foi selada no mistério pascal, na entrega de si que Jesus realizou em sua morte e ressurreição, numa obediência total a vontade de Deus, como nos diz a Carta aos Hebreus. No evangelho narrado por São João, Jesus revela sua angústia diante da morte eminente, mas coloca a vontade de Deus acima da Sua própria vontade. Não se trata de uma obediência cega a um Deus sádico, que deseja a morte de seu Filho, mas a obediência ao projeto do Reino de Deus, que coloca a vida e a dignidade humana como valores fundamentais, em vista da edificação de um mundo novo.O gesto de Jesus revela a lógica divina, que dá especificidade ao ser cristão: somente a doação da vida pode gerar a vida. Jesus explica essa lógica comparando a entrega de Sua vida pela salvação da humanidade a um grão de trigo que, morrendo, gera...
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4º DOMINGO DA QUARESMA 4º DOMINGO DA QUARESMA2Cr 36,14-16.19-23 / Sl 136 / Ef 2,4-10 / Jo 3,14-21 O quarto domingo da Quaresma é o Domingo da alegria, pela proximidade da Páscoa, a celebração do amor divino, que se manifestou de modo pleno quando Deus enviou seu próprio Filho para salvar toda a humanidade. É a nova e eterna aliança realizada na cruz de Cristo, revelação da misericórdia divina, que não abandona seus filhos pecadores, mas os liberta em seu amor.Continuando a fazer memória das alianças que Deus fez com seu povo, o livro das Crônicas faz memória da realidade vivenciada pelo povo de Deus no exílio da Babilônia. Recorda que, apesar das inúmeras provas do amor divino, que o tirou do Egito e lhe concedeu a terra e a liberdade, o povo e seus chefes foram infiéis à Aliança com Deus. Fizeram acordo com outros povos, compactuando com a idolatria e rejeitando as admoestações divinas manifestadas na palavra dos profetas. A consequência foi a perda da terra e da liberdade, sob a dominação de Nabucodonosor. No exílio, o povo tomou consciência de suas faltas e clamou ao Senhor, como nos revela as belas palavras do Salmo 136. E, apesar de tantas infidelidades e rejeições ao Seu amor, Deus não virou as costas ao seu povo e nem os abandonou. Agiu novamente, com seu braço libertador, por meio de Ciro, rei da Pérsia, que reconduziu o povo à terra. Essa atitude divina, de não abandonar às mãos da morte seus filhos pecadores, se revela de modo pleno em Jesus Cristo. No diálogo com Nicodemos, Jesus faz uma analogia de sua morte na cruz com o episódio da serpente erguida por Moisés no deserto, quando o povo abandonou o Senhor e construiu um bezerro de ouro, adorando-o como seu deus. Diante da morte que tal...
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3º DOMINGO DA QUARESMA 3º DOMINGO DA QUARESMAEx 20,1-3.7-8.2-17 / Sl 18 / 1Cor 1,22-25 / Jo 2,13-25 O convite à conversão que o tempo quaresmal nos apresenta não pode ficar restrito à nossa vida pessoal, mas deve abranger também a nossa vida em sociedade, pois vivemos nossa fé no meio do mundo. O critério fundamental que deve orientar nossa convivência social é a defesa da dignidade humana, a qual depende da promoção da justiça social e da busca do bem comum. É nessa perspectiva que entendemos o gesto de Jesus de expulsar os vendilhões do Templo de Jerusalém. Este episódio, narrado pelos quatro evangelistas, adquire um sentido específico no Evangelho de São João. Além de ser a condenação da corrupção que havia deturpado a missão do Templo, é também o anúncio da ressurreição de Jesus. Num primeiro momento, a atitude de Jesus em expulsar os vendedores e cambistas revela a importância das coisas de Deus, que não podem ser manipuladas, principalmente por interesses materiais. Jesus condena, pois, o comércio do sagrado, que havia corrompido o relacionamento com Deus. Entretanto, o Templo, mais que um lugar sagrado, era o centro político e econômico da época. Com isso, Jesus condena toda forma de exploração do ser humano; este não pode ser submetido aos interesses de acúmulo de riqueza e de poder. Infelizmente em nossa sociedade atual, determinada pela lógica do mercado, os valores fundamentais como dignidade humana, justiça social e bem comum são corrompidos em vista dos interesses de pessoas ou de grupos, que colocam a posse de bens materiais e o desejo de poder e prestígio acima de tudo e de todos. Nesse sentido deve ser entendido o texto de Ex 20, que apresenta o Decálogo, as palavras de Deus, também conhecido como os dez mandamentos. O Decálogo é um resumo de toda a...
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2º DOMINGO DA QUARESMA 2º DOMINGO DA QUARESMAGn 22,1-2.9-13.15-18 / Sl 115 / Rm 8,31b-34 / Mc 9,2-10 O Evangelho do 2º Domingo da Quaresma sempre nos convida a meditar sobre a transfiguração de Jesus. Os evangelhos sinóticos narram a transfiguração com um sinal dado por Jesus da Sua ressurreição, visando fortalecer a fé dos discípulos diante da cruz. Na espiritualidade da quaresma, a transfiguração de Jesus nos fortalece em nosso sincero propósito de conversão, no esforço que fazemos buscando a renovação espiritual. A conversão não é fácil, pois exige mudança de mentalidade, de atitudes, que muitas vezes estão profundamente enraizadas em nossa existência. Nós, hoje, somos os discípulos de Jesus, que caminhamos para a Páscoa do Senhor e devemos permanecer firmes no esforço de conversão, mesmo enfrentando a cruz, para participarmos da alegria da ressurreição. A primeira leitura nos apresenta a aliança que Deus fez com Abraão. Abraão tinha tudo o necessitava em termos materiais, mas não tinha filhos, não tinha descendência. Ao deixar tudo o que possuía, aceitando o chamado para ser pai do povo de Deus, Abraão foi abençoado pelo Senhor com o nascimento de seu filho. O episódio do sacrifício de Isaac tem o objetivo teológico de condenar os sacrifícios humanos, revelando que o Senhor é o Deus da Vida e não da morte. Deus não quer a morte de seus filhos, por isso não aceita sacrifícios humanos. Tal episódio revela também a fé de Abraão, que não nega para Deus o que tinha de mais precioso, seu único filho, pois reconhece que tudo pertence ao Senhor. Por esta fé inabalável, Abraão recebe de Deus a promessa de que, por sua descendência, serão abençoadas todas as nações da terra. São Paulo reconhece nesse gesto de Abraão, capaz de oferecer seu único filho, a antecipação do gesto amoroso de Deus, que...
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1º DOMINGO DA QUARESMA 1º DOMINGO DA QUARESMAGn 9,8-15 / Sl 24 / 1Pd 3,18-22 / Mc 1,12-15 O tempo da quaresma nos traz o convite para avaliarmos nossa caminhada de cristãos, especialmente nossa fidelidade à aliança que Deus fez conosco em nosso batismo, nos concedendo a salvação em Jesus Cristo. Muitas vezes não resistimos às tentações que o mundo nos apresenta e abandonamos nossa comunhão com Deus e com Seu projeto de fraternidade e de paz. No 1º Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus sempre nos convida a meditar sobre as tentações de Jesus. São Marcos nos relata que Jesus jejuou 40 dias no deserto e depois foi tentado por satanás. É um trecho curto, mas carregado de simbolismo. O deserto representa o lugar do despojamento, onde temos a oportunidade de provar a força da nossa fé, e também é o lugar do encontro com Deus. O número 40 indica um tempo completo, uma vida toda, e satanás significa “adversário”. Assim, São Marcos nos mostra que, durante toda a sua vida, Jesus foi tentado pelos adversários do Reino de Deus a abandonar a missão de salvador da humanidade para seguir outros projetos. Quem seriam os adversários? Os diferentes grupos políticos da época e o próprio povo, que queriam fazer de Jesus um rei poderoso, que enfrentasse o poder do Império Romano usando a violência. A vitória de Jesus sobre as tentações é indicada pela afirmação de que ele vivia entre animais selvagens e os anjos o serviam. Esta é uma imagem do Reino de Deus, de harmonia entre a criação, homem e animais, e de comunhão com Deus, na presença dos anjos. Jesus, vitorioso sobre o pecado, é a garantia da instauração do Reino de Deus anunciado desde o Antigo Testamento. Inicia em seguida sua missão de convocar o povo à conversão,...
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QUARTA-FEIRA DE CINZAS QUARTA-FEIRA DE CINZASJl 2,12-18 / Sl 50 / 2Cor 5,20 - 6,2 / Mt 6,1-6.16-18 O tempo da quaresma é um tempo de intensa espiritualidade, em preparação para a celebração da Páscoa. É marcado pela alegre expectativa de festejar a vitória de Cristo, para a qual é preciso preparar-se dignamente, o que muitas vezes exige mudanças em nossa vida. Mas, quando a caminhada quaresmal é compreendida somente como um tempo de penitência e de sacrifícios, assume um caráter austero, perdendo suas características de reconciliação e de renovação espiritual da nossa vida e da nossa história. O profeta Joel nos convida a voltar para o Senhor. A experiência da volta exige a consciência de que estávamos em um lugar ideal, abandonamos tal posição e que reconhecemos ser necessário retornar ao lugar de onde não deveríamos ter saído. Esse lugar é a comunhão com o amor de Deus, que abandonamos quando decidimos caminhar sozinhos, confiando somente em nossas capacidades e em nossos projetos. Todas as vezes que o ser humano decide caminhar sozinho é porque seu coração se encheu de orgulho e arrogância, e que já não sente necessidade da graça e do amparo de Deus. Mas, para voltar para Deus é preciso rasgar o coração, como diz o profeta e não somente as vestes. A volta deve partir de uma escolha interior e não meramente de gestos exteriores. É preciso que o coração esteja disposto a abrir-se para a graça divina. Essa volta para Deus é marcada pela alegria da reconciliação, como nos convida São Paulo. Também essa é uma experiência de retomar uma situação ideal que fora abandonada. Re-conciliar significa conciliar novamente, retomar a experiência de conciliação, de comunhão e de harmonia que existia e que fora perdida. O pecado é a experiência de ruptura da unidade, de quebra da...
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6º DOMINGO DO TEMPO COMUM 6º DOMINGO DO TEMPO COMUMLv 13,1-2.44-46 / Sl 31 / 1Cor 10,31 – 11,1 / Mc 1,40-45 O Evangelista São Marcos continua apresentando-nos os passos de Jesus em sua missão de fazer acontecer o Reino de Deus, reino de amor, de igualdade e de justiça, libertando as pessoas de toda forma de mal. O Evangelho deste domingo relata a atitude libertadora de Jesus na vida de um homem leproso, manifestando o rosto amoroso de Deus, que estava obscurecido pelas regras de pureza predominantes na época. A lepra, que hoje recebe o nome de hanseníase, era uma doença transmissível, sem tratamento e que desfigurava a pessoa. Com o objetivo de evitar a contaminação generalizada, os sacerdotes incluíram entre as leis de pureza, regras rígidas com relação à pessoa acometida de lepra. O Livro do Levítico nos mostra que leproso era considerado impuro, devia apresentar-se de forma grotesca, viver fora do convívio social, em lugares desertos, e proclamar em alta voz sua condição, para que as pessoas se afastassem dele. Apesar do objetivo inicial ser de defesa da vida da comunidade, tais leis acabaram por criar uma cultura de marginalização. Além da doença, quem tinha lepra carregava o estigma da exclusão social e religiosa, abandonado pela comunidade e sentindo-se castigado por Deus. O episódio narrado por Marcos mostra como Jesus vai além das regras sociais para salvar aquele homem, revelando o rosto amoroso e compassivo de Deus. Jesus deixa que o leproso se aproxime dele e ainda mais, Ele o toca. Com este gesto, Jesus não apenas cura a enfermidade física, mas principalmente purifica aquele que era considerado impuro. E o faz porque sentiu compaixão. Ter compaixão é ficar movido interiormente, rompendo com a frieza da indiferença. Jesus ao mesmo tempo, fica indignado com aquele contexto social e religioso que provocava a...
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5º DOMINGO DO TEMPO COMUM 5º DOMINGO DO TEMPO COMUMJó 7,1-4.6-7 / Sl 146 / 1Cor 9,16-19.22-23 / Mc 1,29-39 A cultura hedonista e materialista na qual vivemos cria a ilusão de uma vida perfeita, sem sofrimentos e sem limitações. Isso gera uma grande dificuldade para que as pessoas consigam aceitar e lidar com as situações limite, próprias da existência humana: a doença, as dores, as deficiências. É necessário que aprendamos a olhar para o sofrimento como consequência das limitações próprias da natureza humana. Não enfrentaríamos o sofrimento se fossemos anjos e não seres humanos. Deus não provoca nosso sofrimento, antes, coloca-se ao nosso lado para nos amparar e nos consolar nos momentos cruciais que fazem parte de nossa existência humana. Nesse sentido, o livro de Jó é um convite para refletirmos sobre essa dimensão da existência humana e como podemos, em meio às tribulações, aprofundarmos nossa espiritualidade. Jó enfrenta o sofrimento da enfermidade, da morte de seus entes queridos, da perda de seus bens materiais, e toma consciência de quão frágil é sua vida. Não se revolta contra Deus e nem atribui a Ele a causa de suas dores. Não perde a fé, ao contrário, volta-se para Deus, buscando em Seu amor a força necessária para enfrentar suas dores. O livro de Jó, em suas reflexões, rejeita a teologia da retribuição, que considerava o mal um castigo divino. Se por um lado, a nossa natureza humana traz a certeza de fragilidades, a nossa fé nos garante que Deus vem ao encontro dos sofredores para aliviar suas dores. E essa ação divina se manifestou em plenitude no gesto de Jesus, de curar os enfermos e libertar aqueles que estavam dominados pelo mal. São Marcos destaca que essa bondade divina revelada por Jesus foi aclamada pelo povo sofrido, que reconheceu nEle o Salvador prometido. Os discípulos...
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